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ATERRA

SINOPSE

 

 "Como seria a vida de um homem gay que viveu no interior do Brasil cem anos atrás?" Inspirada pela cidade de Jacarezinho, no Paraná, entre 1920 e 1950, a peça narra a história de um homem simples, do campo, tendo como conflito os seus “aterramentos”, da infância à vida adulta. Aterrar é o processo do ser humano de deixar pelo caminho da vida decisões e vontades, e nesse percurso é quando aterramos – por decisão própria ou de terceiros – nossos desejos, nos afastando cada vez mais da nossa essência. Resgatando e valorizando a cultura caipira a trilha sonora original auxilia nossa viagem a esta delicada e emocionante poesia documental.

DRAMATURGIA: Adelvane Néia e Renan Bonito

Todos os direitos reservados aos seus autores, à Companhia da Terra e CNX
Produções.

DIREÇÃO:

Adelvane Néia

 CONCEPÇÃO DA OBRA

 

 ㅤㅤ O espetáculo “ATERRA”, de Jacarezinho/PR, surge do anseio do artista Renan Bonito refletir em cena a partir do conceito terra. Para o seu primeiro solo como ator convida para a direção a atriz AdelvaneNéia, que circulou durante 15 anos pelo Brasil e pelo exterior com o seu solo “A-MA-LA”, com direção de Naomi Silman. Para a construção da dramaturgia utilizaram como metodologia de pesquisa e criação o teatro documentário:

 

Na prática documentária não se pretende construir uma ficção sobre fatos que ocorreram, mas organizar um discurso a fim de discuti-los, fazendo o uso de documentos de toda ordem para explorar uma significação outra, diferente da obtida quando se trabalha com produtos assumidamente ficcionais. (SOLER, 2008, p. 2)

 

 ㅤㅤ Decidem utilizar como estudo e inspiração a terra em que vivem e que nasceram: Jacarezinho, norte pioneiro do estado. Colheram, então, depoimentos de moradores que viveram na área rural no início da formação da sociedade local. Histórias, vivências, memórias e imagens que marcaram a vida desses moradores em relação à sua terra (seja a cidade ou o campo).

        Nos depoimentos, pesquisas e experimentações chegaram ao conceito de aterramento que é o processo do ser humano de deixar pelo caminho da vida decisões e vontades, como se fossem sementes inférteis. E nesse percurso é quando aterramos – por decisão própria ou de terceiros - nossos desejos, nos afastando cada vez mais de nossa essência.

       

 ㅤㅤ Como escolha estética optam pela Poesia, como uma linguagem de comunicação e de abertura de signos e sentidos. O lirismo, a musicalidade e a subjetividade estão presentes nos gestos, no desencadeamento de cenas e no texto teatral. Eleva-se ao título, portanto, de que a montagem seja uma poesia documental.

       

 ㅤㅤ Para potencializar a experiência poética e documentária a criação de uma trilha sonora original torna-se fundamental. Construída a partir da espacialização do som rural, da viola caipira, de músicas que marcaram as primeiras décadas do século XX e de documentos históricos.

       

 ㅤㅤ A paisagem sonora do espetáculo é composta pela trilha sonora e por sons e elementos musicais ao vivo, executados por uma participação especial. Essa participação, essa figura, tem como referência o roadie musical. Um profissional – quase invisível – com movimentos precisos e pontuais. Assim, convida-se a atriz Gabriele Christine para o espetáculo. (foto abaixo)

Foto Tiago Angelo

 ㅤㅤ  A participação especial funde-se com o ator em cena, ao final, em um ato de poesia e de violência, em que ela traz o elemento simbólico do espetáculo: a terra

 

 ㅤㅤ Toda a obra, e seus caminhos dramatúrgicos, são construídos a partir do fato do personagem ser um homem, caipira, simples, branco e gay. Propomos, portanto, no espetáculo essa reflexão da homoafetividade do personagem e o conceito de família. Dissemos reflexão, por que inserido em um contexto popular, das primeiras décadas do século XX, no interior do país, essa questão/discussão torna-se inexistente. Discutimos, assim, implicitamente, conceitos contemporâneos como identidade LGBT+ e representatividade. 

CURRÍCULO DO ESPETÁCULO

 ㅤㅤ Um dos destaques da concorrida Mostra Fringe do Festival de Curitiba deste ano, segundo o crítico paulista Miguel Arcanjo, o espetáculo “ATERRA” marca o início da trajetória da Companhia da Terra, composta por artistas de Jacarezinho/PR.

    

 ㅤㅤ A peça estreou em outubro e novembro de 2018, em uma circulação independente, pelo norte do estado do Paraná. As cidades foram Jacarezinho, Arapongas e Londrina, e contaram com outras ações como a oficina “O Corpo em Cena” e um Baile de Marchinhas, para o lançamento da temporada.

Foto Pruner Neto

Realizou outras apresentações na cidade de Jacarezinho, em parceria com o IFPR no “Aula Espetáculo I”, que pode contar com uma mesa redonda refletindo e discutindo o processo do espetáculo e, mais recentemente, no XV Mostra Encena de Teatro. Também já se apresentou em Araraquara/SP e em suas apresentações no Festival de Curitiba, estreou uma versão bilíngue português-libras, em parceria com a Fluindo Libras.

         Recentemente, em novembro e dezembro de 2019, realizou apresentações gratuitos em Maringá/PR, através do Projeto Convite ao Teatro, da Prefeitura Municipal da cidade.

INFORMAÇÕES BÁSICAS

Duração: 60 minutos

Gênero: Drama

Classificação Indicativa: 14 anos

Duração montagem: 6 horas

Duração desmontagem: 90 minutos

Número de integrantes: 05

Temática: Relações Humanas e Vocabulário Regional

Palavras chave: Cultura Caipira; Teatro Documentário; Poesia; LGBT

 Foto Pruner Neto

FICHA TÉCNICA

 

Direção: AdelvaneNéia

Dramaturgia: Adelvane Néia e Renan Bonito

Atuação: Renan Bonito

Participação Especial: Gabriele Christine

Cenários e Figurinos: César Almeida

Trilha Sonora Original: Lila Pastore

Captação: ND Estúdio (Jacarezinho/PR) e Estúdio Áudio13 (Londrina/PR)

Percussão: Kleber Santos

Execução Viola: Galego Teixeira

Off Discurso: Gabriel Pazotto

Iluminação: Gabriela Santos

Operação de Iluminação: Bárbara Lamounier, Gabriela Santos, Gabrielly Arcas e Juliane Rosa

Operação de Som: Mariana Montezel

Yoga: Jê Kumagai

Artista Plástico: Edmilson Donizetti do Nascimento

Designer Gráfico: Catherine Marquesine

Xilogravura (Arte Gráfica): Carolina Sobreira

Contrarregragem: Cleyton Santos

Produção: Companhia da Terra

Produção Geral: CNX Produções

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